Estávamos, eu e dois amigos, saindo de um supermercado aqui em Fortaleza comentando sobre a falta de educação do povo. Do povo que estaciona ocupando duas vagas ou, pior ainda, dos que estacionam nas vagas de cadeirantes. Pois não é que nessa hora pára um carro com duas mulheres, um senhora e sua filha de uns 30 e muitos anos, exatamente na vaga de cadeirantes.
22 de fevereiro de 2008
Chatos por um Brasil melhor!!
Estávamos, eu e dois amigos, saindo de um supermercado aqui em Fortaleza comentando sobre a falta de educação do povo. Do povo que estaciona ocupando duas vagas ou, pior ainda, dos que estacionam nas vagas de cadeirantes. Pois não é que nessa hora pára um carro com duas mulheres, um senhora e sua filha de uns 30 e muitos anos, exatamente na vaga de cadeirantes.
11 de fevereiro de 2008
Artes Performáticas em Fortaleza
Em Fortaleza já existem casas de espetáculos em bom número, algumas de boa qualidade e outras de qualidade regular, tanto de administração pública quanto privada. A conclusão da existência de um bom número se dá pela ociosidade encontrada nestes equipamentos. Assim, as grandes questões atuais no setor local de Artes Performáticas está no consumo, administração das casas de espetáculos e gestão dos projetos culturais a serem apresentados ao público. Apenas com uma administração profissional das casas e dos projetos, aliados a uma melhor administração mercadológica dos serviços e bens relacionados à atividade, é que se formará uma massa consumidora crítica que possibilitará a realização do potencial deste mercado. Além disso, só assim o poder da indústria criativa em desenvolver a cidade será real para este setor.
5 de fevereiro de 2008
Boemia Produtiva

Dentre as posturas propostas, a qual eu mais me identifiquei foi com a boemia. Segundo o autor, o boêmio é, na verdade, um crítico da estrutura de valores da sociedade. O porém é que este mesmo boêmio, historicamente, vem encarando a vida produtiva como algo maléfico e que torna o indivíduo alinhado com a hierarquia de valores da sociedade, que não traz felicidade e sim dependência da vontade dos outros. Assim, só teria a independência do olhar burguês e consumista da sociedade aquele que negasse as formas de ascensão material.
Nós sabemos que não é bem assim. O autor mesmo chama atenção ao fato dos extremos serem sempre perigosos, em todos os casos de postura propostos. Continuo, então a me comportar como um boêmio, me esquivando do desejo de status. Mas não abro mão da produtividade, por dois motivos: conforto material e utilidade pública.
A boemia não precisa ser sinônimo de pobreza e necessidade. Muito pelo contrário. O dito "sucesso material" ajuda a viabilizar a própria boemia como algo realmente prazeroso e que nos gere qualidade de vida, no lugar de meramente nos tornarmos dependentes da generosidade de quem negamos. Um bom vinho, um bom filme, um bom café, um bom charuto, uma boa comida, um bela viagem, um confortável lar, tudo isso custa dinheiro. Além disso, é exatamente este "sucesso" que nos dá combustível para sermos independentes dos valores mais superficiais e ilógicos da sociedade de consumo, por mais paradoxal que isso pareça. Ao contrário de sociedades passadas, hoje o dinheiro nos proporciona utilidades sem a necessidade da aprovação dos outros. Isto é independência. O problema, na verdade, é se deixar seduzir por estes valores burgueses. É fácil e tentador, até prazeroso a curto prazo, mas cruel a longo prazo.
Mas olhando apenas esse ponto, em nada seria condenável a vida de um playboy que nunca trabalhou e só vive na boemia. Este tipo de indivíduo em nada contribui para a evolução, sua e da sociedade. É na produtividade e geração de riquezas que a sociedade prospera. Mas cuidado, o fim não justifica os meios. A ética, a moral, a responsabilidade social e ambiental são fundamentais para que esta conta feche.
Foi com estas, ainda básicas, análises destas questões que proponho um movimento. Movimento pela boemia produtiva. Sei que várias pessoas já pensam e vivem assim, mas acho que o pensamento poderia ser mais aprofundado. Pois bem, o movimento está fundado. E hoje tem apenas um membro. Continuará existindo, mesmo com este quadro. No futuro aprofundarei os pensamentos. Hoje é preciso apenas não esquecer dos fundamentos e não se deixar levar pelo consumismo vazio e pela boemia suicida.
Viva Vinicius de Moraes!!
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