26 de novembro de 2009

Walmart também é uma merda 2.0

Acabei de receber um e-mail do Walmart cancelando a compra. Sem me perguntar nada. E depois de 50 dias da realização da compra.

Segue a cópia do e-mail:

Prezada(o) Thales Aragão


Identificamos que, devido a problemas operacionais internos, a entrega de seu pedido 585360 não foi efetivada

Esclarecemos que, por este motivo o pedido será cancelado e daremos andamento ao processo de reembolso dos valores pagos assim que a mercadoria retornar ao nosso Centro de Distribuição. A entrega será feita mediante a uma nova compra

Pedimos sinceras desculpas pelo inconveniente causado e permanecemos à disposição, para prestar esclarecimentos que se façam necessários

Atenciosamente,

Fabiana Domingos
Depto. de Logística
Walmart.com.br

Mas eu não vou desculpar não.

Vamos ver se a justiça é conivente com estes absurdos.

Aguardem cenas dos próximos capítulos.

23 de novembro de 2009

Walmart também é uma merda!!

Realizei a compra de uma TV LCD Sony, no valor de R$ 2.499,00, no dia 08/10/09 pelo site Walmart.com.br. O pagamento foi confirmado em meu cartão de crédito no dia 14/10/09 e o prazo de entrega anunciado foi do dia 27/10/09.

No dia 29/10, como o produto não havia chegado, liguei para o SAC do Walmart para perguntar sobre o atraso. Eles pediram 48 horas para entregar. Dia 01/11 liguei novamente informando que o produto não chegara e pedindo explicações sobre o atraso. Pediram mais 48 horas.
No dia 06/11 me enviaram um e-mail com a seguinte informação: "Esclarecemos que para devida solução é necessária a realização de verificações internas, desta forma, solicitamos gentilmente, que aguarde o nosso retorno."

Nunca mais tive nenhum retorno por parte da loja.

No dia 16/11, fui ao Procon de Fortaleza para dar entrada em uma reclamação contra o Walmart. Deram à empresa 15 dias para se manifestar.

Hoje, dia 23/11, liguei novamente para o Walmart para saber porque não entregaram o produto e o valor estava sendo cobrado em minha fatura do cartão. A informação que a atendente me passou foi que eles tiveram problemas operacionais no pagamento de ICMS e que o produto havia retornado ao estoque. E ainda perguntou se eu ainda queria o produto. Um insulto!

Primeiro que ninguém nunca me informou sobre o problema, depois que continuaram a receber o pagamento.

Se foi um erro operacional da loja, eu não tenho nada a ver com isto. Se realmente ocorreu um problema que vai afetar a qualidade do serviço prestado, a loja tem a obrigação de entrar em contato com o cliente e esclarecer.

Me sinto completamente desrespeitado e lesado. Lesado pelo fato da empresa está recebendo o pagamento adiantado por um produto que não tinha a menor intenção de entregar.
Eles sabem que o prazo de entrega é um fator importante na tomada de decisão de compra. Não fui eu que disse o dia de entrega, foram eles. E não cumpriram. E não iriam entregar o produto nunca, se eu não ligo reclamando. E iriam continuar a receber o pagamento, caladinhos!!

No momento estou viajando, mas quando chegar em Fortaleza irei abrir uma processo no juizado de pequenas causas.
Além disso, nunca mais comprarei nada no Walmart e nem no Bom Preço.

Recomendo que quem não quer ter dor de cabeça, faça o mesmo.

4 de setembro de 2009

Quem tem medo da Petrobras

Por Mauro Santayana em: http://www.jblog.com.br


Os mesmos jornais que atacam a Petrobras revelaram, ontem, que a empresa foi, entre as não financeiras, a mais lucrativa das Américas, no segundo trimestre deste ano. Isso comprova que está sendo bem administrada. No passado se dizia que o melhor negócio do mundo era uma empresa de petróleo, e que o segundo melhor negócio do mundo continuava sendo uma empresa de petróleo, mesmo mal administrada. Se a Petrobras foi a empresa mais lucrativa da América – e na mesma lista não se encontram outras empresas petrolíferas – reforça-se o êxito da empresa criada por Vargas. Não há por que apelar para o concurso das petrolíferas estrangeiras na exploração do pré-sal. O contrário é que é o certo, e a Petrobras tem participado, com êxito, da exploração de petróleo no exterior, principalmente em associação com empresas também estatais.

Defensor da iniciativa privada, o ex-ministro Delfim Netto prefere não distinguir as empresas estatais das empresas privadas, senão pelo fato de serem bem ou mal dirigidas. A Petrobras, mesmo em seus anos piores, tem sido bem administrada porque, se os diretores nomeados falham, o corpo histórico de técnicos e administradores sabe cumprir seu dever e resistir – como resistiu ao golpe de 1997, perpetrado com a legislação conseguida pelo presidente Fernando Henrique, ao desfigurar a grande empresa.

Se os mais jovens soubessem que a Petrobras tem sido, desde suas primeiras horas, vitória da pertinácia nacional, estariam nas ruas, como estiveram seus pais e avós, repetindo o slogan poderoso de há mais de 50 anos: o petróleo é nosso. Ao reservar para o povo brasileiro o óleo fora das áreas de concessão, infelizmente já outorgadas aos estrangeiros, o atual governo volta sim, ao passado, como é da conveniência de nosso povo. Os que promoveram a amputação da Petrobras, durante o governo dos tucanos de São Paulo, voltam a se mobilizar contra o projeto do governo federal. O governo Lula está agindo constitucionalmente. Apesar de todos seus esforços, o senhor Fernando Henrique não chegou a quebrar o monopólio da União sobre o petróleo. Falam hoje da necessidade de que haja discussão, como se a sociedade, que se manifestou como pôde em defesa da estatal, tivesse sido ouvida em 1997, quando o governo repetia, com entusiasmo, o pensamento único neoliberal, e contava com a grande mídia para impô-lo ao Congresso e aos “formadores de opinião”. Convém que as normas do processo se definam imediatamente. Não há melhor momento para começar a construção do futuro do que agora.

Mesmo que haja excesso de otimismo com relação às jazidas do pré-sal, será imperdoável erro histórico não viabilizar a exploração das novas reservas. Todos os argumentos dos oposicionistas não dissimulam os interesses que se encontram por detrás de seus atos. Tal como no passado, começam a surgir institutos, associações e movimentos, com seus “consultores”, para contestar o controle da exploração do petróleo pelo Estado. Há quem diga que o petróleo não tem futuro. Se não tem futuro, tem presente. É pelo petróleo que os norte-americanos estão matando e morrendo no Iraque e no Afeganistão.

A matança dos inocentes

Duas notícias, destas horas, deviam mover a consternação e a indignação da sociedade brasileira. O assassinato de uma adolescente, em favela de São Paulo, por um agente da polícia municipal de São Caetano do Sul, provocou a reação irada da população. O Estado, há muito tempo, não tem conseguido preparar suas forças para manter a ordem. A jovem Ana Cristina foi baleada quando os guardas municipais perseguiam um homem, suspeito de roubar um carro. Para recuperar um veículo, mataram uma pessoa.

Ao retirar grupo do MST de uma fazenda que ocupava, em São Gabriel, a polícia militar gaúcha, além de assassinar pelas costas um lavrador, e de usar armas que provocam choque elétrico, cães, cavalos e bombas, aterrorizou e torturou, física e psicologicamente várias crianças. Um bebê foi ferido por estilhaços no rosto. O fato será denunciado ao Ministério Público pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O ex-presidente da ANP, senhor David Zylberstein, genro do ex-presidente Fernando Henrique, disse que estatizar o petróleo é coisa de país com baixo IDH. É o que devemos então fazer, com o índice de desenvolvimento humano que temos, e que os fatos de Heliópolis e de São Gabriel confirmam.

24 de agosto de 2009

Onze motivos para não comprar no Carrefour


Fonte primária: http://www.botecosujo.com/2009/08/dez-motivos-para-nao-comprar-no.html


1. Espanca negro que dirige EcoSport.

2. Discriminou os atores de "Cidade de Deus"...

3. ...mas fez acordo com os traficantes de verdade para "terceirizar" sua segurança.

4. Dizem que agride crianças...

5. ...e também não gosta de homossexuais.

6. Na França, foi flagrado vendendo carne vencida.

7. Comprava roupas de Bangladesh produzidas em condições insalubres.

8. É acusado de matar ladrão de coxinha...

9. ...e de transformar uma barra de cereal em caso de polícia...

10. ...mas já comprou carga roubada dos grandes ladrões.

11. Em Guarulhos, foi autuado por vender produtos deteriorados.

World of Ends

Minha irmã twittou um link de um texto muito interessante e balizador no entendimento da internet. Sei que ele está por aí, à solta, mas não custa nada disponibilizar em mais um "local". Então aí vai o "command" C, "command" V. (Não é Crt porque eu não uso esse tal de Ruindows!)

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Esta é uma tradução, a toque de caixa, do artigo World of Ends, por Doc Searls e David Weinberger. Em menos de um dia, este artigo alcançou o primeiro lugar em vários índices importantes como TechnoRati e DayPop. Ambos são co-autores do clássico Cluetrain Manifesto.

Este artigo foi colocado no domínio público pelos autores.

Esta tradução foi corrida e vários termos sem dúvida poderão ser melhorados; diversas correções já foram feitas pelos amigos leitores... obrigado!


Mundo de Pontas ("World of Ends")


O Que É A Internet E Como Não Confundí-la Com Outra Coisa

Por Doc Searls e David Weinberger


Há erros e há erros.

Aprendemos com alguns erros. Por exemplo: pensar que vender brinquedos para animais de estimação pela Web é um grande jeito de ficar rico. Não vamos repetir este.

Outros erros repetimos muitas vez. Por exemplo, pensar que:

- ...a Web, como é a TV, é um jeito de manter os olhos parados para anunciantes desfilarem comerciais;

- ... a Internet é algo que as telecoms e as empresas de mídia deveriam filtrar, controlar e de algum modo, "melhorar".

- ... não é bom que usuários de diferentes sistemas de mensagens instantâneas se comuniquem pela Internet.

- ... a Internet sofre de uma falta de regulamentações que protejam indústrias que se sentem ameaçadas por ela.

Quando se trata da Internet, muitos de nós sofrem da Síndrome do Erro Repetitivo. Isso vale especialmente para editoras de revistas e jornais, rádio e TV, TV a cabo, a indústria de discos, a indústria de cinema, e a indústria telefônica, para mencionar apenas seis.

Graças à enorme influência dessas indústrias em Washington, a Síndrome de Erros Repetitivos também afeta legisladores, reguladores e mesmo os tribunais. No ano passado a transmissão radiofônica pela Internet, uma indústria nova e promissora que ameaçava oferecer aos ouvintes escolhas muito superiores às oferecidas pelas cada vez mais uniformizadas (e paleolíticas) emissoras AM e FM, foi assassinada no berço. Armas, munições e ocasionais gritos de encorajamento foram supridos pelas gravadoras e pelo DMCA (Digital Millenium Copyright Act), que incorpora todos os receios dos dinossauros-alfa de Hollywood quando fizeram lobby para a sua aprovação pelo congresso americano em 1998.

"A Internet interpreta a censura como um defeito e roteia para contorná-la", foi uma frase famosa de John Gilmore. E é verdade. A longo prazo, rádio via Internet vai fazer sucesso. Sistemas de mensagens instantâneas irão se intercomunicar. Empresas estúpidas vão ficar espertas ou morrer. Leis estúpidas vão ser revogadas ou substituídas. Mas por outro lado, outra frase famosa, esta de John Maynard Keynes, diz "a longo prazo, vamos estar todos mortos".

Queremos evitar essa espera.

Basta prestar atenção para o que a Internet realmente é. Não é difícil. A Internet não é mecânica quântica. Olhando de perto, nem é ciéncia de 6a. série. Podemos acabar com a tragédia da Síndrome do Erro Repetitivo nos nossos tempos - e economizar alguns trilhões de dólares em decisões imbecis - se lembrarmos de um simples fato: a Internet é um mundo de pontas. Você está numa ponta, e todos os outros, e todo o resto, estão nas outras pontas.

Claro, isso é uma declaração simplista sobre todo mundo possuir valor na Internet, etc. Mas também é o fato básico e palpável decorrente da arquitetura técnica da Internet. E o valor da Internet se baseia na sua arquitetura técnica.

Felizmente, a verdadeira natureza da Internet não é difícil de entender. Na verdade, apenas uma dezena de afirmativas fazem a diferença entre a Síndrome do Erro Repetitivo e a Iluminação:

- A Internet não é complicada.

- A Internet não é uma coisa, é um acordo.

- A Internet é burra.

- Adicionar valor à Internet reduz o seu valor.

- Todo o valor da Internet cresce na sua periferia.

- O dinheiro se muda para os subúrbios.

- Não é o fim do mundo, é um mundo de pontas.

- As três virtudes da Internet:

- Ninguém é dono.

- Todos podem usá-la.

- Qualquer um pode melhorá-la.

- Se a Internet é tão simples, por que tantos se enganam sobre ela?

- Poderíamos parar de fazer certos erros imediatamente.


1. A Internet não é complicada.

A idéia por trás da Internet, desde o início, foi aproveitar a força espantosa da simplicidade - tão simples quanto a gravidade no mundo real. Mas em vez de ajuntar pedrinhas pequenas em volta de uma pedra enorme, a Internet foi projetada para ajuntar redes pequenas, convertendo-as numa rede única enorme.

O jeito de fazer isso é facilitar ao máximo o envio e recepção de dados de uma rede para outra. Assim, a Internet foi projetada para ser o modo mais simples concebível para mover bits de qualquer A para qualquer B.


2. A Internet não é uma coisa, é um acordo.

Quando olhamos para um poste, vemos redes como fios. E vemos estes fios como parte de sistemas: o sistema telefônico, o sistema de energia elétrica, o sistema de TV a cabo.

Mas a Internet é diferente. Não é fiação. Não é um sistema. E não é uma fonte de programação.

A Internet é um modo que permite a todas coisas que se chamam redes coexistir e trabalhar em conjunto. É uma Inter-net (inter-rede), literalmente.

O que faz a "Net" ser "Inter" é o fato que ela é apenas um protocolo - o protocolo Internet (IP - "Internet Protocol"), para ser mais preciso. Um protocolo é um acordo sobre como fazer coisas funcionarem em conjunto.

Este protocolo não especifica o que as pessoas podem fazer com a rede, o que podem construir na sua periferia, o que podem dizer, ou quem pode dizer. O protocolo simplesmente diz: se você quer trocar bits com outros, é assim que se faz. Se você quer conectar um computador - ou um celular ou uma geladeira - à internet, você tem que aceitar o acordo que é a Internet.


3. A Internet é burra.

O sistema telefônico, que não é a Internet (pelo menos por enquanto) é muito esperto. Ele sabe quem está chamando quem, onde eles estão, se é chamada de voz ou de dados, a distância coberta pela chamada, quanto a chamada vai custar, etc. E fornece serviços que interessam apenas à rede telefônica: chamada em espera, BINA, 0800 e muitas outras coisas que companhias telefônicas gostam de vender.

A Internet, por outro lado, é burra. De propósito. Seus projetistas quiseram que a maior e mais genérica rede de todas fosse estúpida como uma caixa cheia de pedras.

A Internet não sabe muitas coisas que uma rede esperta como a rede telefônica sabe: identidades, permissões, prioridades, etc. A Internet sabe apenas uma coisa: esse pacote de bits tem que ser transportado de uma ponta da rede para outra.

Há motivos técnicos para a burrice ser considerada um bom projeto. A burrice é robusta. Se um roteador quebra, pacotes são conduzidos por outras rotas, o que quer dizer que a rede fica de pé. Graças à sua burrice, a Internet aceita dispositivos novos e gente nova, e por isso cresce rapidamente e em todas as direções. Também é fácil aos projetistas inserirem acesso à Internet em aparelhos novos - filmadoras, telefones, irrigadores de jardim - que vivem na periferia da Internet.

Isso porque o motivo mais importante da burrice ser uma coisa boa se relaciona menos com tecnologia e muito com valor...


4. Adicionar valor à Internet reduz o seu valor.

Parece estranho, mas é verdade. Se você otimiza uma rede para um tipo de aplicação, você está desotimizando-a para outras. Por exemplo, se você deixa a rede dar prioridade a dados de voz ou vídeo porque precisam chegar mais rapidamente, você está dizendo a outras aplicações que elas terão que esperar. E logo que você fizer isso, você terá mudado a Internet de uma coisa simples para todos para uma coisa complicada para apenas uma certa coisa. E aí não será mais a Internet.


5. Todo o valor da Internet cresce na sua periferia.

Se a Internet fosse uma rede esperta, seus projetistas teriam antecipado a necessidade de um bom mecanismo de busca e teriam integrado isso na própria rede. Mas como os projetistas eram inteligentes fizeram a Internet burra demais para isso. Assim, a busca é um serviço que pode ser implantado em qualquer uma das milhões de pontas da Internet. Como qualquer um pode oferecer os serviços que quiser a partir da sua ponta, sites de busca competem entre si, o que significa escolha para os usuários e inovações constantes.

Sites de busca são apenas um exemplo. Porque tudo que a Internet faz é jogar bits de uma ponta para outra, inventores podem fazer qualquer coisa que puderem imaginar, contando com a Internet para mover os dados para eles. Você não precisa pedir permissão ao dono da Internet ou ao administrador de sistema ou ao Vice-Presidente de Priorização de Serviços. Se você tem uma idéia, basta executá-la. E toda vez que você faz isso, o valor da Internet sobe.

A Internet criou um mercado livre para inovações. Esta é a chave para o valor da Internet. Do mesmo modo...


6. O dinheiro se muda para os subúrbios.

Se todo o valor da Internet está na sua periferia, a conexão Internet em si deve virar uma função primária, uma commodity. E deve-se permitir que isso aconteça.

Prover commodities é um bom negócio, mas qualquer tentativa de adicionar valor à própria Internet deve ser combatida. Para ser específico: aqueles que fornecem conectividade Internet inevitavelmente vão querer prover conteúdo e serviços também, porque a conectividade apenas terá preço muito reduzido. Mantendo essas funções separadas, vamos permitir que o mercado estabeleça preços que maximizem o acesso e que maximizem inovações em serviços e conteúdo.


7. Não é o fim do mundo, é um mundo de pontas. ("The end of the world? Nah, the world of ends.")

Quando Craig Burton descreve a arquitetura burra da Internet como uma esfera oca composta inteiramente de pontas, ele está usando uma imagem que mostra o que é mais extraordinário sobre a arquitetura da Internet: retire o valor do centro e você viabilizará um crescimento louco de valor nas pontas interconectadas. Porque, claro, se todas as pontas estão conectadas, cada uma com cada uma e cada uma a todas, as pontas deixam de ser pontos finais.

E o que nós, pontas, fazemos? Qualquer coisa que pode ser feita por qualquer um que quer mover bits.

Notou nosso orgulho em dizer "qualquer coisa" e "qualquer um"? Isso decorre diretamente da arquitetura simples e burra da Internet.

Porque a Internet é um acordo, não pertence a nenhuma pessoa ou grupo. Não às empresas estabelecidas que operam a espinha dorsal ("backbone"). Não aos provedores que nos fornecem conexões. Não às empresas de "hosting" que nos alugam servidores. Não às associações de indústrias que acreditam que sua sobrevivência é ameaçada pelo que nós outros fazemos na Internet. Não a qualquer governo, não interessa quão sinceramente acredita que está tentando manter seus cidadãos seguros e complacentes.

Conectar à Internet é concordar em crescer o valor na periferia. E aí algo realmente interessante acontece. Todos estamos igualmente conectados. A distância não importa. Os obstáculos desaparecem e pela primeira vez a necessidade humana de conectar pode ser realizada sem barreiras artificiais.

A Internet nos dá os meios de nos tornarmos um mundo de pontas pela primeira vez.


8. As três virtudes da Internet

Esses são os fatos sobre a Internet. Como avisamos, é tudo muito simples.

Mas o que significa para nosso comportamento - e, mais importante, o comportamento das megacorporações e governos que até então agiam como se a Internet fosse deles?

Aqui estão três regras básicas de comportamento que estão diretamente ligadas à natureza básica da Internet:

a. Ninguém é dono.

b. Todos podem usá-la.

c. Qualquer um pode melhorá-la.

Vamos olhar cada uma de perto...


8a. Ninguém é dono.

Ninguém pode ser dono da Internet, mesmo as empresas por cujos "fios" ela passa, porque é um acordo, não uma coisa. A Internet não só está no domínio público, ela é um domínio público.

E isso é uma boa coisa:

- A Internet é um recurso confiável. Podemos montar empresas sem nos preocupar que a Internet SA vai nos forçar a atualizar, dobrar o preço depois de assinarmos, ou ser comprada por um dos nossos competidores.

- Não precisamos nos preocupar que partes dela só funcionarão com certo provedor e outras partes só com outro provedor, como acontece com celulares, por exemplo.

- Não temos que nos preocupar que suas funções básicas só funcionarão com a "plataforma" da Microsoft, Apple ou AOL - porque aquelas ficam embaixo destas, fora de controle proprietário.

- A manutenção da Internet está distribuída entre todos usuários, não concentrada nas mãos de um provedor que pode quebrar, e nós todos juntos somos um recurso mais robusto do que qualquer grupo centralizado poderia ser.


8b. Todos podem usá-la.

A Internet foi projetada para incluir todos os habitantes do planeta.

Certo, hoje apenas uma fração da população - pouco mais de 600 milhões de pessoas - está conectada à Internet. Então - "podem" na frase "todos podem usá-la" - se sujeita às variações miseráveis da sorte. Mas, se você tem a sorte de ser rico o suficiente para ter uma conexão e um dispositivo que se conecta, a Internet em si não impõe obstáculos à sua participação. Você não precisa de um administrador de sistemas que se digne deixá-lo participar. A Internet, deliberadamente, deixa permissões do lado de fora do sistema.

É por isso que a Internet, para muitos de nós, tem o jeito de um recurso natural. Nós nos aproveitamos dela como se fosse uma parte da natureza humana que estava esperando aparecer - tanto quanto falar e escrever agora fazem parte do que significa ser humano.


8c. Qualquer um pode melhorá-la.

Qualquer um pode fazer a Internet um lugar melhor de viver, trabalhar, e criar filhos. Para piorá-la, precisa-se de alguém extremamente estúpido com uma vontade de ferro.

Há duas maneiras de melhorá-la. Primeiro, você pode montar um serviço na periferia da Internet que esteja disponível para quem queira usá-lo. Faça de graça, faça as pessoas pagarem por ele, coloque uma marmita para receber moedinhas, qualquer coisa.

Segundo, você pode fazer algo ainda mais importante: habilite um conjunto novo de serviços de periferia inventando um novo acordo. Foi assim que se criou o e-mail. E newsgroups. E mesmo a Web. Os criadores destes serviços não fizeram uma simples aplicação final, e certamente não mexeram no protocolo da Internet em si. Em vez disso, inventaram protocolos novos que usam a Internet do modo que ela existe, do mesmo modo que o acordo de como encodificar imagens em papel permitiu às máquinas de fax usar linhas telefônicas sem a necessidade de mudar o sistema telefônico em si.

Lembre-se, porém, que se você inventar um novo acordo, para que ele gere valor tão rapidamente quanto a própria Internet, ele deve ser aberto, sem donos, e para todo o mundo. É exatamente por isso que os sistemas de mensagens instantâneas não conseguiram atingir seu potencial: os sistemas atuais - AIM e ICQ da AOL e MSN Messenger da Microsoft - são territórios particulares que podem rodar em cima da Internet, mas não são parte da Internet. Quando AOL e Microsoft decidirem rodar seus sistemas de mensagens em cima de um protocolo burro que não tem dono e que qualquer um pode usar, terão aumentado grandemente o valor da Internet. Enquanto isso, eles apenas estão sendo burros, e não no bom sentido.


9. Se a Internet é tão simples, por que tantos se enganam sobre ela?

Seria porque as três virtudes da Internet são a antítese do modo como governos e empresas vêem o mundo?

Ninguém é seu dono: empresas se definem pela sua propriedade, e governos se definem pelo que controlam.

Todos podem usá-la: nas empresas, vender algo significa transferir direitos exclusivos de uso do vendedor para o comprador; nos governos, fazer leis significa impor restrições às pessoas.

Qualquer um pode melhorá-la: empresas e governos valorizam funções exclusivas; apenas certas pessoas podem fazer certas coisas, fazer as alterações corretas.

Empresas e governos pela sua própria natureza são propensas a entender erradamente a natureza da Internet.

Há outra razão porque a Internet não se explicou muito bem: as grandes empresas preferem ficar nos dizendo que a Internet é apenas uma televisão lenta.

A Internet tem sido demais como Walt Whitman, que no poema "Cantiga de mim mesmo" ("Song of myself") disse: "Não me preocupo em ser entendido. Eu vejo que as leis elementares nunca se desculpam."

De outro lado, as leis elementares da Internet nunca pensaram que haveria pessoas tentando basear suas carreiras em não entendê-las.


10. Poderíamos parar de fazer certos erros imediatamente.

As empresas cujo valor veio de distribuir conteúdos em formatos que o mercado não quer mais - estão escutando, gravadoras? - podem parar de pensar que bits são átomos ultra-leves. Vocês nunca vão nos impedir de copiar os bits que quisermos. Em vez disso, porque não nos dar razões para prefir comprar música de vocês? Poderíamos até ajudá-los a vender, se nos pedissem.

Os funcionários públicos que confundem o valor da Internet com o valor dos seus conteúdos poderiam entender que, mexendo no centro da Internet, estão na verdade reduzindo seu valor. Na verdade, talvez poderiam entender que ter um sistema que transporta todos os bits igualmente, sem censura de governos e indústrias, é a força mais poderosa já vista a favor da democracia e dos mercados abertos.

Os provedores existentes de serviços de rede - dica: começa com "tele" e termina com "comunicações" - poderiam aceitar que a rede burra vai engolir as suas redes espertas. Eles poderiam engolir essa pílula agora em vez de gastar centenas de bilhões de dólares para retardar o processo e lutar contra o inevitável.

As agências governamentais responsáveis pela alocação de espectro poderiam notar que o valor do espectro aberto é o mesmo valor real da Internet.

Os que querem censurar idéias poderiam entender que a Internet nunca conseguiria distinguir um bit bom de um bit mau, em qualquer circunstância. Qualquer censura teria que ser feita nas pontas da Internet - e nunca vai funcionar bem.

Talvez empresas que pensam que podem nos forçar a escutar suas mensagens - seus banners e telas intrometidas que se superpõem às páginas que estamos tentando ler - entendam que nossa habilidade de pular de site em site faz parte da infraestrutura da Web. Elas poderiam simplesmente abrir páginas dizendo "Olá! Não entendemos a Internet. E aliás, te odiamos."

Chega disso. Chega de bater nossas cabeças contra os fatos da vida na Internet.

Não temos nada a perder, apenas nossa burrice.

22 de agosto de 2009

Twitter

Durante algum tempo eu resisti ao Twitter. Agora eu sei que era mais desconhecimento de causa que realidade. Achava que não teria paciência para usar algo tão rápido e nervoso. Mas não é bem assim. Sabendo usar o bicho é muito útil e divertido. As informações são muito mais rápidas, tanto de se ler quanto de chegar a você.


Resumo da ópera: o twitter meio que matou este blog. Se não matou, aleijou!

Hoje é mais fácil ver alguma atividade minha por lá que por aqui. Por isso coloquei o link na figurinha aí (Folow me!). Façam bom proveito.

Abs

21 de julho de 2009

Petrobras: por que o "paquiderme" incomoda a oposição?

Os artiguetes do Globo e a CPI da Petrobras têm o mesmo objetivo. Além de interesses eleitorais, visam a destruir a empresa vista por Sérgio Mota, ministro e amigo de FHC, "como um paquiderme que consumia US$ 9 bilhões em importações, prejudicando a balança comercial e a sociedade brasileira".

Falta de seriedade e má-fé não costumam dar bons resultados em profissão alguma. Em jornalismo, a união das duas "qualidades" costuma ser fatal. Se, de um lado, agrada ao leitor militante, aquele para quem a informação serve apenas para reiterar sua visão de mundo biliosa, de outro, põe em xeque a existência da própria imprensa como principal instância de visibilidade da vida pública. A justeza dessas observações parecem não preocupar os editores de O Globo. Pelo menos, os de política e economia.

Em sua edição de quinta-feira, 16 de julho, no alto da página 3, encontramos um artiguete que parece reforçar a tese de que a procura de isenção deve começar reunindo tudo o que houver de mais parcial, distorcido e tendencioso. A verdade, nas grandes redações, costuma estar escrita em código na mentira deslavada.

Intitulado “Ato falho", o pequeno editorial destila raiva e descontextualização. Serve puramente como pretexto para o jornalismo de campanha. Um vale-tudo que, ao contrário da luta que leva esse nome, não tem quaisquer impedimentos, sendo permitidas cotoveladas, cabeçadas e, principalmente, barrigadas. O objetivo primário é suprir a ausência de discurso organizado da oposição, animando o seu eleitor com critérios de análise baseados no denuncismo vazio.

Vamos ao texto do Globo: "Embalado pelo clima de comício que tem acompanhado suas incursões pelo país, Lula saiu em defesa da Petrobras, supostamente ameaçada de privatização."(...) Esse paquiderme agora é nosso". Pode ser simples menção ao slogan pela criação da estatal na década de 50- "o petróleo é nosso"- ou um ato falho derivativo do poder que sindicatos passaram a ter na empresa desde 2003. Por ironia, este aparelhamento é que significou uma privatização, só que em benefício de pequenos grupos de militantes sindicais e de partidos aliados ao Palácio"

No desdobramento do raciocínio do editor, o que há de plausível? O que vem a ser o “aparelhamento" que freqüenta as páginas do jornal com a mesma assiduidade que as louvações ao mercado e das contumazes críticas à ineficiência do Estado? Se o termo se refere a loteamento, entre militantes do partido e políticos da base aliada, de cargos estratégicos na administração da Petrobras, seria interessante uma matéria dominical que demonstrasse a existência de fisiologismo no fato de funcionário de carreira de uma empresa estatal ter preferência partidária. E mais: que essa preferência atropele planos de carreira ou premie a incompetência.

Seria o caso de perguntar em que governo o Globo viu a administração pública ser ocupada por burocratas ideais weberianos? No de Fernando Henrique Cardoso que vendeu 36% das ações da Petrobrás, que pertenciam à União Federal, na bolsa de Nova Iorque, por cerca de US$ 5 bilhões, sendo que hoje elas valem mais de 120 bilhões? A excelência administrativa consiste, como foi feito no governo tucano, em manipular a estrutura de preços dos derivados do petróleo em benefício das distribuidoras?

Uma empresa “não aparelhada" é aquela que descumpre acordo de aumento de salários e reprime o movimento de sindicalistas com forças do exército? A boa gestão é a que quebra o monopólio estatal do petróleo? O modelo ideal é aquele em que a Petrobrás descobria bacias de petróleo e o investimento era transferido para o exterior através dos criminosos leilões da ANP?

Os artiguetes do Globo e a CPI da Petrobrás têm o mesmo objetivo. Além de interesses eleitorais, visam a destruir a empresa vista por Sérgio Mota, ministro e amigo de FHC, "como um paquiderme que consumia US$ 9 bilhões em importações, prejudicando a balança comercial e a sociedade brasileira". Segundo ele, caberia a David Zylbersztajn, então diretor da ANP, desmontar "osso por osso" a estatal. Essa é a missão que mobiliza quadros políticos do consórcio demo-tucano. Além da sobrevivência política, esse é o eixo das perorações de Arthur Virgílio, Álvaro Dias e Demóstenes Tôrres, entre outros representantes da direita figadal. Não é por outro motivo que os jornais se empenham em investigar “irregularidades inadmissíveis.”

O que está em jogo é o destino de uma empresa que hoje está em quarto lugar entre as 200 maiores do mundo. Some-se a isso um futuro marco regulatório que, segundo o presidente Lula,"irá balizar o setor e evitará que outros governos tentem "privatizar" o insumo e conceder sua exploração a empresas privadas" e surge a noção exata do paquiderme que incomoda o entreguismo.


Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

5 de maio de 2009

Google

Acabei de ler a pouco tempo o livro do David Vise e Mark Malseed sobre a história do Google. É um livro impressionante sobre o backstage da construção deste império. Impressionante e instigante.


Uma das coisas que mais me chamou a atenção é o poder computacional que está por trás de toda a coisa. Não é apenas uma questão de recursos humanos, com engenheiro e matemáticos de ponta. É uma questão de infra-estrutura. Eles tem hoje o maior poder de processamento do mundo.

Quando me faço a pergunta sobre como poderíamos construir empresas de sucesso o livro também revela uma série de ingredientes utilizados pelos empreendedores do Google. E, no meu ponto de vista, foi exatamente esta salada de ferramentas e valores que levaram aquela empresa a ser o que é e que poderia ser utilizada na criação de empresas por aqui também.

A mais visível das forças da empresa está na sua política recrutamento e seleção. Os melhores profissionais do mercado são selecionados. Isto inclui questões técnicas e culturais. Não é suficiente ter as melhores credenciais curriculares, tem que atender ao perfil cultural da empresa. A cultura organizacional é um ponto muito forte no Google. E foi exatamente a clareza desta cultura que levou os gestores do Google a tomar as decisões certas em momentos de incerteza.

Um mercado de capitais favorável a empreendimentos inovadores sem dúvida é uma vantagem competitiva aos empreendedores americanos. Por aqui, a lei é tirar leite de pedra. Lá eles encontraram, não sem esforço, o capital necessário para implantar a infra-estrutura inicial para o negócio deslanchar e ganhar escala. E olhe que não era pouco dinheiro!

Além do poder de processamento, melhores cérebros, cultura organizacional clara e forte, Brin e Page, os fundadores, aplicaram uma série de teorias administrativas de vanguarda. Isso tudo na velocidade necessária para não dar margem à concorrência. Velocidade é um dos valores mais prezados no Google. Técnicas de gestão utilizadas no Google e identificadas claramente durante a leitura do livro são as que encontramos em "Ponto de Desequilíbrio", "A Calda Longa", "A Teoria do Oceano Azul", dentre outras.

Ok, tudo lindo e maravilhoso!! Mas a minha questão sobre o como poderíamos construir empresas de sucesso por aqui ainda continua sem uma resposta otimista. São incríveis as deficiências no ambiente institucional e cultural brasileiro para implementar ações que nos levem a um sucesso comercial minimamente descente, em termos globais.

O nosso ensino é medíocre, o que dificulta, e muito, a questão do recrutamento e seleção. São poucos as universidades de excelência no Brasil e a cultura da maioria dos brasileiros não inclui a saudável ambição de ir à procura desta excelência onde ela esteja. Não é o que se vê na Índia ou na China, por exemplo, onde exércitos de estudantes invadem as melhores universidades do mundo e depois volta trazendo capital humano de excelência e um networking de peso. Aqui este capital é tão escasso quanto o dinheiro para investimentos em empresas inovadoras.

Além da falta de capital intelectual nós sofremos pela falta de políticas mais claras de ciência de tecnologia. Elas nunca foram prioridades institucionais. Temos problemas burocráticos, de regulamentação, tributários, financeiros. A solução desses gargalos precisa entrar na pauta do dia!

É impressionante entender como duas mentes brilhantes constroem um império como o Google, mas é angustiante saber que estamos desperdiçando milhares de mentes brilhantes por falta de um ambiente institucional minimamente descente. O Brasil continua jogando fora seus cérebros, ou então mandando embora.

11 de março de 2009

IRPF no Mac

Hoje eu recebi um e-mail do amigo Glauber Almeida com um link que dá umas dicas para configurar o programa de imposto de renda no Mac.
Acho que alguém da Receita Federal não gosta da Apple. Eles até disponibilizam o programinha para a plataforma Mac OS, mas tá com umas falhas que atrapalham na instalação e faz os felizes proprietários desta maravilhosa máquina terem alguma dor de cabeça.
O sistema é mil vezes mais simples que o Windows e o povo consegue complicar.
Mas os seus problemas acabaram!!!
Para ajudar, decidi divulgar também o procedimento. No final do post tem o link da página que foi copiada.

Passo a passo

Entenda como proceder para rodar o programa da declaração do IRPF no Macintosh:

1) Ao baixar a versão para Mac, o usuário deverá ter a máquina virtual Java instalada no computador. Caso contrário, é necessário baixar no site da Apple a última versão Java disponível para Mac OS X

2) Para executar qualquer programa no sistema operacional Mac OS X, é necessário ter permissão para executá-lo, e a Receita dispõe o arquivo sem essa configuração

3) É preciso fazer o processo manualmente: abra o terminal (utilitário para digitar comandos no Mac OS), que está localizado na pasta Applications/Utilities/

4) Digite chmod 755, deixando um espaço em branco no final

5) Clique no arquivo IRPF2008macv1.0.command e arraste para a janela do terminal

6) Pressione Enter/Return

7) Feito isso, o arquivo já poderá ser rodado

Para o aplicativo Receitanet Java para Mac, que envia a declaração à Receita Federal, o procedimento é exatamente o mesmo.

Link: http://dicasde.com.br/mac-osx/declarar-o-ir-com-o-mac-osx

8 de março de 2009

Nagem Nunca Mais.

É no pós-venda que se conhece a qualidade no atendimento.

Este é mais um exemplo de burrice administrativa no comércio:

Comprei um mouse na Nagem Informática do Iguatemi na noite do dia 05 de março, quinta-feira passada, por R$ 23,00. Quando fui usar o mouse no outro dia, notei que ele estava quebrado. O scrool, aquela bolinha que move o texto pra cima e pra baixo, não funcionava. Este nem seria um problema muito grande, afinal acontece.

No sábado, ontem, eu fui lá trocar. Cheguei no shopping por volta das 11 horas. Havia passado pouco mais de 24 horas que a compra tinha sido feita. Levei a nota fiscal e o danado do mouse e pedi pra trocar por outro igual.

Foi aí que começou a se mostrar a burrice dos administradores e a falta de compromisso com o cliente por parte da loja.

O vendedor disse que só poderia trocar o mouse, de R$ 23,00, se um técnico da loja o avaliasse, pra ver se ele estava funcionando, e o cara só estaria lá a partir das 13 hs. Eu tinha levado o meu notebook e disse que a gente poderia ligar o mouse e mostrar o defeito. Em vão! Chamei a gerente, uma pessoa com pouco bom senso para a função de gerente, diga-se de passagem. A criatura soltou a mesma conversa fiada do vendedor, de que era procedimento e que não poderia fazer nada.

Ora, se a loja é uma loja de equipamentos eletrônicos e pra trocar o técnico tem que está lá, tem que ter técnico o tempo todo. É uma falta de respeito com o cliente este tipo de tratamento. Primeiro porque desconfia do cliente por um produto de valor irrisório, depois porque, depois da compra feita, não tem preocupação alguma em realizar um bom tratamento aos clientes. Trata bem para fechar a venda e depois o cliente que se lasque!! (Alguém ensine o que é pós-venda pra esses caras!!)

Eu, que comprei um equipamento com defeito, não posso trocar o produto de acordo com o horário de funcionamento da loja e minha conveniência. Tenho que trocar o produto apenas quando a loja está disposta a trocar. Um absurdo! E, se não me engano, é contra a lei do consumidor. Mas como eles sabem que ninguém vai no Decon por causa de 23 reais, se confiam e tratam mal os clientes.

Mas não acabou. Eu tive que ficar no shopping por mais de uma hora, inclusive tendo que almoçar por lá, por causa da incompetência da loja. Quando deu 13 hs eu voltei lá. Pra minha surpresa, a vendedora que me atendeu disse que sábado não tinha técnico e que não poderia trocar.

Aí eu virei bicho. Como é que me dizem que o cara chega 13 hs e quando eu chego outra pessoa me diz que o cara não vai? Depois de começar a fazer barulho dentro da loja cheia de clientes, um outro vendedor disse que iria analisar o mouse e que trocaria. (Só vai no grito?)
Aí começou a burocracia. Tem que preencher uma ficha com todos os dados do cliente. (Engraçado que pra vender ninguém pede nem a identidade pra conferir o cartão de crédito!) Tem que pegar o carimbo e assinatura de umas 3 pessoas. E tome tempo... Tem que tirar cópia da nota fiscal, e a vendedora some com a nota... Depois de quase 3 horas, tendo raiva e sendo tratado mal, tive o mouse trocado.

Agora observem o tamanho da burrice:

Aquele mouse custou pra mim apenas 23 reais. A loja deve ter ganho com ele no máximo uns 5 reais, se muito.

Caso eles tivessem trocado o mouse quando eu cheguei, o que não levaria 10 minutos, e o mouse estivesse funcionando, o prejuízo deles seria mínimo. Até porque era só colocar o mouse de novo na prateleira e pronto!!

Eu sei que eles nunca mais terão um centavo de receita vindo do meu bolso. O que não deixa de ser um prejuízo, já que eu sou um consumidor de eletrônicos assíduo.

E, além de escrever este post, vou falar pra Deus e o mundo da maneira como eles tratam os clientes na hora de uma troca por produto defeituoso. É um dever cívico e cidadão.

Agora vocês imaginam o quanto eles tem que gastar com publicidade pra tentar, em vão, desfazer o estrago dos meus repetidos discursos para quem eu conheço? (Eles não sabem o poder da propaganda negativa de boca em boca?) Deixo essas contas para eles fazerem, afinal, já me fizeram perder muito tempo e agora é a vez deles!!


PS: Ontem mesmo, quando comecei o meu processo de divulgação da “qualidade” do atendimento da loja, já me deparei com um amigo que tinha comprado uma placa de vídeo lá e deu defeito com uma semana. Quando foi trocar, demorou um mês. Depois de muita raiva, três prazos dados e não cumpridos e, claro, um barraco, os incompetentes trocaram a placa dele. (Só vai no grito mesmo!!)
Se ele tivesse me dito do caso dele antes eu não teria passado por isso! Por isso eu espalho. Não quero ver ninguém sendo destratado daquele jeito. E se você também não quer ser uma vítima, passe longe dessa loja. Inclusive pra comprar um mouse. Placa de vídeo, nem pensar, certo?

Saudações.