22 de agosto de 2009

Twitter

Durante algum tempo eu resisti ao Twitter. Agora eu sei que era mais desconhecimento de causa que realidade. Achava que não teria paciência para usar algo tão rápido e nervoso. Mas não é bem assim. Sabendo usar o bicho é muito útil e divertido. As informações são muito mais rápidas, tanto de se ler quanto de chegar a você.


Resumo da ópera: o twitter meio que matou este blog. Se não matou, aleijou!

Hoje é mais fácil ver alguma atividade minha por lá que por aqui. Por isso coloquei o link na figurinha aí (Folow me!). Façam bom proveito.

Abs

21 de julho de 2009

Petrobras: por que o "paquiderme" incomoda a oposição?

Os artiguetes do Globo e a CPI da Petrobras têm o mesmo objetivo. Além de interesses eleitorais, visam a destruir a empresa vista por Sérgio Mota, ministro e amigo de FHC, "como um paquiderme que consumia US$ 9 bilhões em importações, prejudicando a balança comercial e a sociedade brasileira".

Falta de seriedade e má-fé não costumam dar bons resultados em profissão alguma. Em jornalismo, a união das duas "qualidades" costuma ser fatal. Se, de um lado, agrada ao leitor militante, aquele para quem a informação serve apenas para reiterar sua visão de mundo biliosa, de outro, põe em xeque a existência da própria imprensa como principal instância de visibilidade da vida pública. A justeza dessas observações parecem não preocupar os editores de O Globo. Pelo menos, os de política e economia.

Em sua edição de quinta-feira, 16 de julho, no alto da página 3, encontramos um artiguete que parece reforçar a tese de que a procura de isenção deve começar reunindo tudo o que houver de mais parcial, distorcido e tendencioso. A verdade, nas grandes redações, costuma estar escrita em código na mentira deslavada.

Intitulado “Ato falho", o pequeno editorial destila raiva e descontextualização. Serve puramente como pretexto para o jornalismo de campanha. Um vale-tudo que, ao contrário da luta que leva esse nome, não tem quaisquer impedimentos, sendo permitidas cotoveladas, cabeçadas e, principalmente, barrigadas. O objetivo primário é suprir a ausência de discurso organizado da oposição, animando o seu eleitor com critérios de análise baseados no denuncismo vazio.

Vamos ao texto do Globo: "Embalado pelo clima de comício que tem acompanhado suas incursões pelo país, Lula saiu em defesa da Petrobras, supostamente ameaçada de privatização."(...) Esse paquiderme agora é nosso". Pode ser simples menção ao slogan pela criação da estatal na década de 50- "o petróleo é nosso"- ou um ato falho derivativo do poder que sindicatos passaram a ter na empresa desde 2003. Por ironia, este aparelhamento é que significou uma privatização, só que em benefício de pequenos grupos de militantes sindicais e de partidos aliados ao Palácio"

No desdobramento do raciocínio do editor, o que há de plausível? O que vem a ser o “aparelhamento" que freqüenta as páginas do jornal com a mesma assiduidade que as louvações ao mercado e das contumazes críticas à ineficiência do Estado? Se o termo se refere a loteamento, entre militantes do partido e políticos da base aliada, de cargos estratégicos na administração da Petrobras, seria interessante uma matéria dominical que demonstrasse a existência de fisiologismo no fato de funcionário de carreira de uma empresa estatal ter preferência partidária. E mais: que essa preferência atropele planos de carreira ou premie a incompetência.

Seria o caso de perguntar em que governo o Globo viu a administração pública ser ocupada por burocratas ideais weberianos? No de Fernando Henrique Cardoso que vendeu 36% das ações da Petrobrás, que pertenciam à União Federal, na bolsa de Nova Iorque, por cerca de US$ 5 bilhões, sendo que hoje elas valem mais de 120 bilhões? A excelência administrativa consiste, como foi feito no governo tucano, em manipular a estrutura de preços dos derivados do petróleo em benefício das distribuidoras?

Uma empresa “não aparelhada" é aquela que descumpre acordo de aumento de salários e reprime o movimento de sindicalistas com forças do exército? A boa gestão é a que quebra o monopólio estatal do petróleo? O modelo ideal é aquele em que a Petrobrás descobria bacias de petróleo e o investimento era transferido para o exterior através dos criminosos leilões da ANP?

Os artiguetes do Globo e a CPI da Petrobrás têm o mesmo objetivo. Além de interesses eleitorais, visam a destruir a empresa vista por Sérgio Mota, ministro e amigo de FHC, "como um paquiderme que consumia US$ 9 bilhões em importações, prejudicando a balança comercial e a sociedade brasileira". Segundo ele, caberia a David Zylbersztajn, então diretor da ANP, desmontar "osso por osso" a estatal. Essa é a missão que mobiliza quadros políticos do consórcio demo-tucano. Além da sobrevivência política, esse é o eixo das perorações de Arthur Virgílio, Álvaro Dias e Demóstenes Tôrres, entre outros representantes da direita figadal. Não é por outro motivo que os jornais se empenham em investigar “irregularidades inadmissíveis.”

O que está em jogo é o destino de uma empresa que hoje está em quarto lugar entre as 200 maiores do mundo. Some-se a isso um futuro marco regulatório que, segundo o presidente Lula,"irá balizar o setor e evitará que outros governos tentem "privatizar" o insumo e conceder sua exploração a empresas privadas" e surge a noção exata do paquiderme que incomoda o entreguismo.


Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

5 de maio de 2009

Google

Acabei de ler a pouco tempo o livro do David Vise e Mark Malseed sobre a história do Google. É um livro impressionante sobre o backstage da construção deste império. Impressionante e instigante.


Uma das coisas que mais me chamou a atenção é o poder computacional que está por trás de toda a coisa. Não é apenas uma questão de recursos humanos, com engenheiro e matemáticos de ponta. É uma questão de infra-estrutura. Eles tem hoje o maior poder de processamento do mundo.

Quando me faço a pergunta sobre como poderíamos construir empresas de sucesso o livro também revela uma série de ingredientes utilizados pelos empreendedores do Google. E, no meu ponto de vista, foi exatamente esta salada de ferramentas e valores que levaram aquela empresa a ser o que é e que poderia ser utilizada na criação de empresas por aqui também.

A mais visível das forças da empresa está na sua política recrutamento e seleção. Os melhores profissionais do mercado são selecionados. Isto inclui questões técnicas e culturais. Não é suficiente ter as melhores credenciais curriculares, tem que atender ao perfil cultural da empresa. A cultura organizacional é um ponto muito forte no Google. E foi exatamente a clareza desta cultura que levou os gestores do Google a tomar as decisões certas em momentos de incerteza.

Um mercado de capitais favorável a empreendimentos inovadores sem dúvida é uma vantagem competitiva aos empreendedores americanos. Por aqui, a lei é tirar leite de pedra. Lá eles encontraram, não sem esforço, o capital necessário para implantar a infra-estrutura inicial para o negócio deslanchar e ganhar escala. E olhe que não era pouco dinheiro!

Além do poder de processamento, melhores cérebros, cultura organizacional clara e forte, Brin e Page, os fundadores, aplicaram uma série de teorias administrativas de vanguarda. Isso tudo na velocidade necessária para não dar margem à concorrência. Velocidade é um dos valores mais prezados no Google. Técnicas de gestão utilizadas no Google e identificadas claramente durante a leitura do livro são as que encontramos em "Ponto de Desequilíbrio", "A Calda Longa", "A Teoria do Oceano Azul", dentre outras.

Ok, tudo lindo e maravilhoso!! Mas a minha questão sobre o como poderíamos construir empresas de sucesso por aqui ainda continua sem uma resposta otimista. São incríveis as deficiências no ambiente institucional e cultural brasileiro para implementar ações que nos levem a um sucesso comercial minimamente descente, em termos globais.

O nosso ensino é medíocre, o que dificulta, e muito, a questão do recrutamento e seleção. São poucos as universidades de excelência no Brasil e a cultura da maioria dos brasileiros não inclui a saudável ambição de ir à procura desta excelência onde ela esteja. Não é o que se vê na Índia ou na China, por exemplo, onde exércitos de estudantes invadem as melhores universidades do mundo e depois volta trazendo capital humano de excelência e um networking de peso. Aqui este capital é tão escasso quanto o dinheiro para investimentos em empresas inovadoras.

Além da falta de capital intelectual nós sofremos pela falta de políticas mais claras de ciência de tecnologia. Elas nunca foram prioridades institucionais. Temos problemas burocráticos, de regulamentação, tributários, financeiros. A solução desses gargalos precisa entrar na pauta do dia!

É impressionante entender como duas mentes brilhantes constroem um império como o Google, mas é angustiante saber que estamos desperdiçando milhares de mentes brilhantes por falta de um ambiente institucional minimamente descente. O Brasil continua jogando fora seus cérebros, ou então mandando embora.

11 de março de 2009

IRPF no Mac

Hoje eu recebi um e-mail do amigo Glauber Almeida com um link que dá umas dicas para configurar o programa de imposto de renda no Mac.
Acho que alguém da Receita Federal não gosta da Apple. Eles até disponibilizam o programinha para a plataforma Mac OS, mas tá com umas falhas que atrapalham na instalação e faz os felizes proprietários desta maravilhosa máquina terem alguma dor de cabeça.
O sistema é mil vezes mais simples que o Windows e o povo consegue complicar.
Mas os seus problemas acabaram!!!
Para ajudar, decidi divulgar também o procedimento. No final do post tem o link da página que foi copiada.

Passo a passo

Entenda como proceder para rodar o programa da declaração do IRPF no Macintosh:

1) Ao baixar a versão para Mac, o usuário deverá ter a máquina virtual Java instalada no computador. Caso contrário, é necessário baixar no site da Apple a última versão Java disponível para Mac OS X

2) Para executar qualquer programa no sistema operacional Mac OS X, é necessário ter permissão para executá-lo, e a Receita dispõe o arquivo sem essa configuração

3) É preciso fazer o processo manualmente: abra o terminal (utilitário para digitar comandos no Mac OS), que está localizado na pasta Applications/Utilities/

4) Digite chmod 755, deixando um espaço em branco no final

5) Clique no arquivo IRPF2008macv1.0.command e arraste para a janela do terminal

6) Pressione Enter/Return

7) Feito isso, o arquivo já poderá ser rodado

Para o aplicativo Receitanet Java para Mac, que envia a declaração à Receita Federal, o procedimento é exatamente o mesmo.

Link: http://dicasde.com.br/mac-osx/declarar-o-ir-com-o-mac-osx

8 de março de 2009

Nagem Nunca Mais.

É no pós-venda que se conhece a qualidade no atendimento.

Este é mais um exemplo de burrice administrativa no comércio:

Comprei um mouse na Nagem Informática do Iguatemi na noite do dia 05 de março, quinta-feira passada, por R$ 23,00. Quando fui usar o mouse no outro dia, notei que ele estava quebrado. O scrool, aquela bolinha que move o texto pra cima e pra baixo, não funcionava. Este nem seria um problema muito grande, afinal acontece.

No sábado, ontem, eu fui lá trocar. Cheguei no shopping por volta das 11 horas. Havia passado pouco mais de 24 horas que a compra tinha sido feita. Levei a nota fiscal e o danado do mouse e pedi pra trocar por outro igual.

Foi aí que começou a se mostrar a burrice dos administradores e a falta de compromisso com o cliente por parte da loja.

O vendedor disse que só poderia trocar o mouse, de R$ 23,00, se um técnico da loja o avaliasse, pra ver se ele estava funcionando, e o cara só estaria lá a partir das 13 hs. Eu tinha levado o meu notebook e disse que a gente poderia ligar o mouse e mostrar o defeito. Em vão! Chamei a gerente, uma pessoa com pouco bom senso para a função de gerente, diga-se de passagem. A criatura soltou a mesma conversa fiada do vendedor, de que era procedimento e que não poderia fazer nada.

Ora, se a loja é uma loja de equipamentos eletrônicos e pra trocar o técnico tem que está lá, tem que ter técnico o tempo todo. É uma falta de respeito com o cliente este tipo de tratamento. Primeiro porque desconfia do cliente por um produto de valor irrisório, depois porque, depois da compra feita, não tem preocupação alguma em realizar um bom tratamento aos clientes. Trata bem para fechar a venda e depois o cliente que se lasque!! (Alguém ensine o que é pós-venda pra esses caras!!)

Eu, que comprei um equipamento com defeito, não posso trocar o produto de acordo com o horário de funcionamento da loja e minha conveniência. Tenho que trocar o produto apenas quando a loja está disposta a trocar. Um absurdo! E, se não me engano, é contra a lei do consumidor. Mas como eles sabem que ninguém vai no Decon por causa de 23 reais, se confiam e tratam mal os clientes.

Mas não acabou. Eu tive que ficar no shopping por mais de uma hora, inclusive tendo que almoçar por lá, por causa da incompetência da loja. Quando deu 13 hs eu voltei lá. Pra minha surpresa, a vendedora que me atendeu disse que sábado não tinha técnico e que não poderia trocar.

Aí eu virei bicho. Como é que me dizem que o cara chega 13 hs e quando eu chego outra pessoa me diz que o cara não vai? Depois de começar a fazer barulho dentro da loja cheia de clientes, um outro vendedor disse que iria analisar o mouse e que trocaria. (Só vai no grito?)
Aí começou a burocracia. Tem que preencher uma ficha com todos os dados do cliente. (Engraçado que pra vender ninguém pede nem a identidade pra conferir o cartão de crédito!) Tem que pegar o carimbo e assinatura de umas 3 pessoas. E tome tempo... Tem que tirar cópia da nota fiscal, e a vendedora some com a nota... Depois de quase 3 horas, tendo raiva e sendo tratado mal, tive o mouse trocado.

Agora observem o tamanho da burrice:

Aquele mouse custou pra mim apenas 23 reais. A loja deve ter ganho com ele no máximo uns 5 reais, se muito.

Caso eles tivessem trocado o mouse quando eu cheguei, o que não levaria 10 minutos, e o mouse estivesse funcionando, o prejuízo deles seria mínimo. Até porque era só colocar o mouse de novo na prateleira e pronto!!

Eu sei que eles nunca mais terão um centavo de receita vindo do meu bolso. O que não deixa de ser um prejuízo, já que eu sou um consumidor de eletrônicos assíduo.

E, além de escrever este post, vou falar pra Deus e o mundo da maneira como eles tratam os clientes na hora de uma troca por produto defeituoso. É um dever cívico e cidadão.

Agora vocês imaginam o quanto eles tem que gastar com publicidade pra tentar, em vão, desfazer o estrago dos meus repetidos discursos para quem eu conheço? (Eles não sabem o poder da propaganda negativa de boca em boca?) Deixo essas contas para eles fazerem, afinal, já me fizeram perder muito tempo e agora é a vez deles!!


PS: Ontem mesmo, quando comecei o meu processo de divulgação da “qualidade” do atendimento da loja, já me deparei com um amigo que tinha comprado uma placa de vídeo lá e deu defeito com uma semana. Quando foi trocar, demorou um mês. Depois de muita raiva, três prazos dados e não cumpridos e, claro, um barraco, os incompetentes trocaram a placa dele. (Só vai no grito mesmo!!)
Se ele tivesse me dito do caso dele antes eu não teria passado por isso! Por isso eu espalho. Não quero ver ninguém sendo destratado daquele jeito. E se você também não quer ser uma vítima, passe longe dessa loja. Inclusive pra comprar um mouse. Placa de vídeo, nem pensar, certo?

Saudações.